Piracicaba, 14 – Uma notícia divulgada pelo jornal Valor Econômico hoje (14), pode ter deixado agentes do setor intrigados: haveria, mesmo, possibilidade de a manga brasileira ser impedida de entrar na União Europeia, principal comprador da fruta brasileira? Para responder a essa questão, o Hortifruti/Cepea analisou, junto a consultores, as probabilidades.
Na parcial deste ano, os envios de manga à União Europeia foram recordes, com 118 mil toneladas (volume 14,4% superior ao de 2016) – e as expectativas para 2018 eram ainda mais positivas, até a divulgação da notícia. Segundo o Valor Econômico, apoiados em estudos científicos da Autoridade Europeia de Sanidade de Alimentos (EFSA), os europeus limitariam o comércio de alimentos que utilizam Tiabendazol (produto químico pós-colheita, que visa proteger frutas contra doenças fúngicas) dentro de dois meses.
Mas o produto químico estaria mesmo sendo utilizado no tratamento pós-colheita da manga brasileira? Segundo agentes do setor, o uso de Tiabendazol já foi abolido por grande parte dos exportadores. Além disso, muitos alegam que o uso de insumos químicos dificilmente ultrapassa a fase das floradas dos pomares, reduzindo as problemáticas com órgãos de saúde.
O consultor em mangicultura Cezar Augusto Libório afirma, ainda, que o foco deve ser em outro possível entrave: o controle da mosca-das-frutas, que ao contrário dos produtos químicos, poderia limitar com maior expressividade as exportações brasileiras de manga ao bloco.
Fonte: hfbrasil.org.br e Valor Econômico