Piracicaba, 07 – O cenário de preços da manga não tem sido muito positivo em 2020. Apesar da oferta controlada, principalmente desde março (quando se encerrou definitivamente a safra paulista), as cotações da fruta estão em baixos patamares. Assim, produtores estão preocupados quanto à rentabilidade, principalmente diante do atual cenário de pandemia do coronavírus – já que a demanda (interna e externa) está bastante instável.
No caso da manga tommy, a oferta em março foi quase exclusiva do Vale do São Francisco (PE/BA) e, mesmo assim, as cotações atingiram o menor valor para aquele mês desde 2012, em termos nominais. Em algumas semanas, inclusive, os preços ficaram bem próximos dos custos e até mesmo abaixo, para alguns produtores.
A expectativa para esta variedade é de oferta ainda baixa em abril. Ainda que haja colheita também em Livramento de Nossa Senhora (BA), a produtividade local é limitada, somada à oferta controlada no Vale. Mesmo assim, as incertezas quanto à demanda dificultam uma previsão de recuperação nas cotações.
No caso da palmer, os preços também caíram em março. Mas, diferentemente da tommy, esta variedade deve ter elevação de oferta em abril. Além do Vale e de Livramento de Nossa Senhora (que também terá produtividade baixa para esta variedade) como ofertantes, há previsão de intensificação da colheita no Norte de Minas Gerais.
Neste cenário, produtores esperam que as exportações tenham bom ritmo neste mês, para contribuir com o escoamento. Pesa positivamente o fim da safra do Peru, principal concorrente do Brasil nos envios à Europa. Contudo, agentes já comentam que, pelo menos para esta primeira semana de abril, não houve significativa reação na demanda internacional.
Fonte: hfbrasil.org.br