Piracicaba, 07 – Assim como no ano passado, mangicultores mexicanos da região sul de Sinaloa – um dos principais polos mangicultores do México – projetam quebra de safra. Segundo notícia do portal Fresh Plaza, a redução na colheita pode ser de até 60%, em função do clima desfavorável. Para os especialistas locais, a falta d'água e o frio excessivo são apontados como os motivos para o provável recuo – em decorrência deste desequilíbrio climático, a florada deve atrasar e menos flores devem ser formadas, reduzindo, portanto, o número de frutas colhidas.
A questão que fica é: até que ponto a quebra de sabra em Sinaloa pode impactar a oferta mexicana em 2019? Ainda é difícil prever, já que em 2018, ano em que o cenário foi semelhante, a oferta total do país não teve impacto expressivo.
Para os brasileiros, a pergunta é outra: o México deve enviar menos para os EUA, dando mais espaço para as exportações brasileiras a partir de setembro? Segundo relatório do National Mango Board, a temporada mexicana (que deve perdurar até outubro), deve enviar, até maio (último mês com projeção consolidada pelo relatório), aproximadamente 28,4 milhões de caixas, 9% a menos se comparado ao mesmo período de 2018. Agora resta aos mangicultores brasileiros torcer para que este cenário se prolongue até o final da safra mexicana, quando efetivamente ocorre a competição pelo mercado americano entre os dois países.
Fonte: hfbrasil.org.br, Fresh Plaza e National Mango Board