Piracicaba, 19 – Ao contrário do esperado para o período, as exportações brasileiras de manga seguem fracas neste mês. Com a diminuição dos envios peruanos à União Europeia, as expectativas eram de que o mercado ficasse favorável às mangas brasileiras. Contudo, a somatória de alguns fatores não colaborou para que as frutas fossem comercializadas no mercado externo.
A janela entre as safras de manga do Peru e da Costa do Marfim, geralmente preenchida pelo Brasil, não aconteceu neste ano, visto que o atraso da safra peruana e o adiantamento da safra marfinense não deixaram espaço no mercado europeu. Assim, as frutas brasileiras não terão exclusividade de mercado em nenhum momento.
Ainda assim, o principal motivo das exportações nacionais em baixa é a qualidade limitada de grande parte das frutas que seriam destinadas ao mercado externo. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, muitas mangas das regiões de Petrolina/Juazeiro (PE/BA) e de Jaíba/Janaúba (MG) não estão dentro dos padrões exigidos pelos importadores europeus, devido aos problemas fitossanitários em ambas as regiões.
A mosca-das-frutas e a antracnose são os principais vilões de mangicultores no momento, e acabam limitando a entrada da fruta brasileira no bloco europeu. Devido a alguns casos de frutas que chegaram estragadas ou contaminadas nos portos europeus, a seletividade de importadores aumentou, tornando a avaliação das cargas mais rigorosa. Neste cenário, o volume exportado segue abaixo das expectativas, podendo se recuperar aos poucos no próximo mês. Ainda assim, o cenário pode não ser tão positivo quanto o do ano passado.
Fonte: hfbrasil.org.br