Piracicaba, 30 – Em dezembro do ano passado, as expectativas quanto ao aquecimento da demanda por melancia, motivada principalmente pelas festas de final de ano, não se concretizaram. Deste modo, o último mês de 2021 foi marcado por cotações abaixo do previsto, tornando os rendimentos insuficientes para cobrir os custos de produção. No entanto, a partir de janeiro, os preços se elevaram de maneira considerável, em virtude da redução de área destinada à cultura, além da menor produtividade registrada no período.
De fato, no RS, durante o primeiro mês de 2022, o preço da melancia graúda (>12 kg) avançou 92% em comparação com o mesmo período da safra anterior, tornando positivas as margens de rentabilidade dos produtores. As cotações elevadas também foram registradas em fevereiro, frente à oferta restrita na BA, decorrente do atraso no início da colheita da segunda parte da safra do estado e da menor área paulista. Sendo assim, as cotações da fruta graúda de Teixeira de Freitas subiram 165% frente a fevereiro do ano passado, favorecendo a rentabilidade.
A partir da segunda quinzena de março, mesmo com a finalização das atividades no RS, o início da colheita em Marília/Oscar Bressane (SP) impactou nas cotações de todas as regiões produtoras. Além disso, temperaturas mais amenas e chuvas constantes em São Paulo (SP) geraram retração no consumo da fruta – que já vinha limitado pelos altos valores de comercialização. Para as semanas seguintes, o início da colheita em Itápolis (SP) pode acarretar em nova elevação na oferta de melancias, refletindo novamente no preço da fruta.
Fonte: hfbrasil.org.br