Piracicaba, 05 – A primeira parte da safra 2021/22 (passada) de melancias de Teixeira de Freitas (BA) foi marcada por chuvas intensas, que resultaram em perdas, altos custo de produção e menor produtividade. O cenário deveu-se à atuação do La Niña. Na temporada atual (2022/23), temendo os mesmos problemas (já que o fenômeno segue em atuação no Brasil), melancicultores locais optaram por concentrar o plantio, para que a colheita fosse concluída até a primeira quinzena de dezembro. Além disso, deixaram a maior parte da área para ser cultivada na segunda parte – vale lembrar, porém, que esta prática já vinha sendo recorrente em Teixeira de Freitas.
De fato, em novembro de 2022, a região registrou chuvas bem mais frequentes. Segundo os dados do Inmet, a precipitação acumulada no mês no sul do estado da Bahia ficou entre 250 e 300 mm. Mesmo com o adiantamento de parte da colheita, parte das frutas perdeu qualidade em alguns momentos do mês e, consequentemente, a demanda pelas melancias baianas recuou, refletindo nos preços.
Mesmo com as dificuldades climáticas, produtores locais conseguiram boa produtividade e também diluição dos custos de produção frente à safra passada, o que deve permitir rentabilidade positiva na primeira parte – principalmente para aqueles que conseguiram altas produtividades. É esperado que as lavouras da segunda parte da safra se desenvolvam em clima firme e com menos chuvas, podendo oferecer frutas de melhor qualidade ao mercado nacional.
Fonte: hfbrasil.org.br