Piracicaba 27 - A maior parte da safra 2024 em Uruana (GO) foi de resultados positivos para melancicultores. Ao longo de abril, altos volumes de chuva geraram limitações para a produtividade, que ficou abaixo do esperado. Assim, com menor oferta, o preço pago ao produtor no período chegou a ficar acima dos R$ 2,00/kg em maio, maior valor registrado na praça desde o início da série histórica do Hortifruti/Cepea, em 2014. Deste modo, melancicultores goianos investiram no incremento de área para os meses seguintes. No decorrer do 2º semestre do ano, o tempo firme garantiu recuperação da produtividade das áreas em Uruana, que chegou a mais de 55 t/ha em certos períodos. Este cenário, em conjunto ao aumento de terras sendo destinadas ao plantio de melancia, gerou recuo das cotações, limitando a rentabilidade dos produtores, por mais que tenham se mantido positivas. No decorrer de outubro e início de novembro, com a desaceleração das atividades de colheita no estado, os preços voltaram a reagir, garantindo margens um pouco melhores aos produtores goianos. Porém, a partir do início de novembro, o início das safras de Teixeira de Freitas (BA) e principal de São Paulo, a oferta nacional voltou a aumentar, o que refletiu em menores preços pagos aos produtores de Goiás. Além disso, o fim da temporada do estado foi marcado pelo retorno de chuvas acima do esperado, impactando diretamente na qualidade das melancias, que passaram a ser menos preferíveis frente as frutas de São Paulo e da Bahia. Assim, a rentabilidade média ao longo da safra (mar-nov), foi de R$ 0,66/kg, valor bastante semelhante ao da temporada passada. Deste modo, as perspectivas para 2025 são de manutenção das áreas do estado goiano destinadas à fruta.
Fonte: Hfbrasil.org.br