Piracicaba, 08 – Março foi marcado pelo fim da safra de exportações do melão brasileiro, que tem produção concentrada no Rio Grande do Norte/Ceará. Apesar de o crescimento da receita ter sido limitado pelos menores preços da fruta, os resultados foram positivos, em decorrência do aumento de 10% no volume enviado – o qual totalizou aproximadamente 235 mil toneladas entre agosto/19 e março/20, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O principal destino continuou sendo a Europa, que recebeu aproximadamente 227 mil toneladas do melão brasileiro durante a campanha. Holanda, o principal país importador, consumiu cerca de 40% do total exportado pelo Brasil ao continente, seguido por Espanha, com 29% na mesma comparação, e Reino Unido, com 24% – também segundo dados da Secex.
SAFRA 2020/21 – Ainda é cedo para previsões mais concretas, porém, produtores do RN/CE estão cautelosos em relação ao planejamento da nova campanha, cujo plantio deve se iniciar nos próximos meses. Isso porque a pandemia da covid-19 está enfraquecendo a economia mundial, gerando receio quanto ao fechamento de contratos internacionais e aos pagamentos. Assim, acredita-se que atrasos possam ocorrer na safra 2020/21.
De acordo com agentes, apesar de o agravamento de casos do novo coronavírus ao redor do mundo ter se iniciado em um período em que as exportações de melão brasileiro estavam finalizadas – o que minimizou os impactos –, cenário bastante preocupante tem sido observado nos países da América Central, que exportam a fruta entre fevereiro e maio. Já houve, por exemplo, retenção das cargas de Honduras ao acessar a China e até redução da demanda europeia pela metade pelos melões da Costa Rica.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex