Piracicaba, 21 – Em fevereiro, as precipitações superaram a normal climatológica nas regiões produtoras de melão (concentradas no Nordeste), servindo de alento aos produtores. Enquanto choveu cerca de 109 mm na parcial do mês (até 20) em Petrolina (PE), o volume foi de 165 mm em Mossoró (RN) no mesmo período, segundo o Inmet.
Ao longo dos últimos sete anos, poucas e irregulares chuvas ocorreram nas praças do Rio Grande do Norte/Ceará e do Vale do São Francisco (BA/PE). Com isso, a crise hídrica se tornou o principal fator limitante da cultura, aumentando o custo de produção e reduzindo a produtividade.
Em 2018, apesar da aposta do fenômeno La Niña estimular melhores chuvas no Nordeste, agências meteorológicas indicam que este possa ter curta duração, chovendo menos do que o esperado e necessário. Assim, o baixo nível dos reservatórios e lençóis freáticos deve manter o cenário de restrição hídrica.
Apesar de as recentes chuvas serem positivas para a situação nordestina, podem atrasar os plantios de novas roças e afetar a qualidade da fruta em algumas praças. De acordo produtores, atualmente, os tratos culturais já realizados devem ser suficientes para a manutenção da qualidade do melão nesta região.
Caso os maiores volumes de chuva se concretizem em março (mês que teria maior precipitação, de acordo com a normal climatológica em ambas as praças), produtores devem ficar cautelosos quanto à aparição de doenças fúngicas e bacterioses na produção – fatores que podem afetar, também, a comercialização da fruta.
Fonte: hfbrasil.org.br e Inmet