Piracicaba, 22 – Em agosto, primeiro mês da safra 2021/22 do Rio Grande do Norte/Ceará, as exportações brasileiras de melão deixaram a desejar. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume enviado foi de apenas 2,68 mil toneladas, quantidade 45% inferior à do mesmo período do ano passado. A redução da receita, por sua vez, foi de 51%, na mesma comparação, somando pouco menos de US$ 1,6 milhão (FOB).
De acordo com agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, essa variação negativa pode estar relacionada à demanda europeia ainda pouco aquecida, às dificuldades logísticas e aos atrasos no calendário de plantio – em função da dificuldade em fechar os preços durante as negociações dos contratos da campanha, diante do aumento dos custos dos principais insumos e do frete marítimo.
Ainda que os resultados de agosto não sejam positivos, agentes acreditam que os embarques brasileiros de melão devem aumentar gradualmente nos próximos meses, com a possibilidade de o resultado final da safra 2021/21 ser próximo ao da temporada 2020/21. Mais informações sobre o decorrer da campanha serão disponibilizadas por aqui.
DESTINOS – Os principais destinos das exportações brasileiras de melão, em agosto, continuaram sendo os países da Europa, assim como em anos anteriores. Porém, a Holanda superou o Reino Unido no período, garantindo o primeiro lugar.
A Holanda comprou 1,1 mil toneladas de melão brasileiro no mês passado, o Reino Unido, 534 toneladas, e a Espanha, 159 toneladas, segundo a Secex – houve queda de pedidos para todos estes países, mas, sobretudo, para o Reino Unido, resultado que levou à sua queda no ranking. É importante destacar que o quarto lugar foi surpreendente: o Chile comprou 314 toneladas no período, aumento de 435%.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex