Piracicaba, 12 – Neste mês, foi dada a largada para a safra principal de melão do Rio Grande do Norte/Ceará. Porém, o ritmo de colheita tem sido mais lento, devido, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, às incertezas de mercado geradas pela pandemia da covid-19, tanto no âmbito nacional quanto no internacional, resultando em queda na área cultivada na região.
Vale destacar que a maior ocorrência de chuvas na praça potiguar/cearense neste ano também refletiu no atraso do plantio por parte de alguns produtores. Os que iniciaram a atividade em meados de maio, por exemplo, tiveram que redobrar os cuidados para controlar as doenças fúngicas (destaque para míldio e oídio) e bacterioses – o que implicou, ainda, no aumento do custo de produção, juntamente com o impacto da valorização do dólar nos insumos, que deve se manter nos próximos meses.
Apesar disso, melonicultores estão otimistas em relação ao retorno das exportações, que representam o destino de 80% da área do RN/CE. Isso porque, apesar da pressão dos importadores em baixar o preço médio, o câmbio deve continuar favorecendo os ganhos. Destaca-se, também, que exportadores apostam em recuperação de mercado mais rápida nos principais países importadores nos próximos meses, especialmente os europeus, devido às medidas de contenção da covid-19 mais efetivas (desde que novos surtos da doença não ocorram).
Fonte: hfbrasil.org.br