O atual cenário do tomate não é um dos melhores. De 28/03 a 1º/04, as cotações despencaram em todas as regiões produtoras. O motivo é, na verdade, uma junção de fatores: alta oferta, baixa qualidade e vendas “travadas”. Colaboradores do Hortifruti/Cepea afirmam que a alta oferta é resultado da colheita da safra de verão estendida em Caçador (SC), juntamente com as primeiras lavouras colhidas da temporada de inverno, como Araguari (MG), Sul de Minas e Reserva (PR), que já estão ofertando em ritmo bem acelerado. Há, portanto, uma sobreposição da safra de verão na safra de inverno. Aliado a isso, a qualidade de parte dos tomates está baixa, com muitos ponteiros manchados e com acidez devido às chuvas constantes. Por fim, com o atual cenário econômico, está mais difícil escoar a mercadoria, sobretudo no fim de mês. No período analisado (28/3 a 1º/04), o salada 2A longa vida foi comercializado na Ceagesp por R$ 20,33/cx de 20 kg, queda de 35,96%, enquanto o 3A foi vendido à média de R$ 30,20/cx de 20 kg, redução de 35,81% em relação ao período anterior (21 a 24/03). É válido ressaltar que muitas lavouras em fase final em Caçador (SC) e Itapeva (SP) podem ser “abandonadas”, já que não há lucro para o produtor colher o fruto que não será valorizado no mercado.