Com a aproximação do fim da safra de São Miguel Arcanjo (SP), a oferta nacional de uva tem ficado ainda mais restrita. A disponibilidade reduzida da fruta nos atacados de São Paulo e Campinas (SP) refletiu em alta das cotações. Na semana do dia 11/03, o quilo da benitaka e da itália foi comercializado por R$ 11,52 e R$ 11,56, respectivamente, na Ceasa de Campinas, atingindo o preço mais alto em termos reais da série histórica do Cepea (iniciada em 2001). Atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea relatam problemas de qualidade na fruta e apontam baixo ºbrix e tamanho de baga reduzida como os principais problemas encontrados na uva do Vale do São Francisco (PE/BA), cuja produção ainda se recupera dos efeitos das fortes chuvas do início do ano. Contudo, a baixa oferta nacional é fator que tem exercido mais influência sobre o preço da uva. Se por um lado a valorização da fruta é favorável ao produtor, por outro, restringe o consumo da uva, podendo haver substituição por uma fruta mais barata.
Fonte: Hortifruti/Cepea