Neste primeiro trimestre, vários HFs ficaram valorizados no atacado paulistano (Ceagesp), bem como nas regiões produtoras. Neste cenário, o Hortifruti/Cepea montou o “Ranking dos HFs”, mostrando aqueles que mais se valorizaram no mês de março frente aos preços de fevereiro deste ano. O mamão é o campeão no quesito alta nos preços, devido à queda na oferta.
As frutas, no geral, registraram alta nos preços em março. As exceções foram a maçã (estável) e a melancia (queda de 5%). Porém em ambos os casos, o preço está acima da média do período – ao comparar com março do ano passado, o aumento foi de 80% para a maçã e 25% para a melancia.
Em todos os casos, a firmeza nos preços deve-se à restrição na disponibilidade das frutas, devido à produção reduzida. A menor colheita, em alguns casos, é resultado das condições climáticas desfavoráveis, que aumentam a incidência de doenças e reduzem a produtividade. Em outros casos, o período é, usualmente, de baixa oferta.
Fruta | Fevereiro | Março | Variação |
---|---|---|---|
Mamão formosa | 2,15 | 4,84 | 125% |
Melão amarelo | 2,23 | 3,70 | 66% |
"Limão" tahiti* | 0,44 | 0,68 | 54% |
Banana nanica | 1,16 | 1,51 | 30% |
Uva | 6,24 | 7,75 | 24% |
Manga palmer | 3,88 | 4,43 | 14% |
Laranja pera* | 0,49 | 0,54 | 10% |
Maçã gala | 4,82 | 4,81 | 0% |
Melancia | 1,48 | 1,41 | -5% |
*Para o "limão" tahiti e a laranja pera, os preços são pagos ao produtor.
Fonte: Hortifruti/Cepea
No caso das hortaliças, apenas a alface e a batata valorizaram em março, resultado do clima chuvoso e da baixa produtividade das lavouras, respectivamente. A cenoura e a cebola, apesar da leve queda nos preços, ainda estão em patamares elevados – estas hortaliças estão, respectivamente, 132% e 30% maiores que em março do ano passado.
Hortaliça | Fevereiro | Março | Variação |
Alface crespa (unidade) | 0,61 | 0,83 | 36% |
Batata | 2,43 | 2,77 | 14% |
Cenoura | 2,90 | 2,80 | -3% |
Cebola | 2,97 | 2,79 | -6% |
Tomate | 2,69 | 2,43 | -10% |
Fonte: Hortifruti/Cepea
A surpresa foi o tomate, que registrou queda de 10% neste mês, com a baixa mais acentuada segunda quinzena de março. A menor qualidade dos frutos das regiões que colhem a safra de verão, somada ao aumento na oferta das praças de inverno, pressionaram as cotações, ficando inclusive inferiores aos do mês de março do ano passado.
Fonte: Hortifruti/Cepea