As regiões paranaenses de São Mateus do Sul, Curitiba, Irati e Ponta Grossa encerraram a safra das águas 2015/16 em janeiro, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. Em São Mateus do Sul, houve problemas com granizo durante a temporada, o que fez com que alguns produtores perdessem até 30% da área plantada com batata. No geral, todas as regiões tiveram quebra de produtividade em função do excesso de chuva e da pouca luminosidade, o que prejudicou o desenvolvimento das plantas, a formação dos tubérculos, a lixiviação de fertilizantes e dificultou a aplicação de defensivos. Apesar desses entraves, a qualidade da batata ofertada não foi muito prejudicada, mas houve quebra na produtividade entre 15% e 25% na média das regiões produtoras do Paraná. Mesmo com as chuvas, produtores conseguiram um bom controle dos patógenos – exceto em Ponta Grossa, onde houve dificuldades para controlar a canela-preta, além de haver perdas de algumas áreas por apodrecimento. Na média das regiões, a produtividade ficou em 26,5 t/ha na safra (novembro a janeiro). O preço médio ficou em R$ 85,36/sc de 50 kg na temporada, 20,47% superior aos preços da safra passada e 111,7% acima dos custos estimados pelos produtores, que ficaram na média de R$ 40,32/sc. Produtores contabilizam que, no balanço da safra, os custos tiveram um aumento médio de 20% por conta da desvalorização cambial, aumento dos custos e maior uso de defensivos. Além dos maiores gastos, o custo unitário (por saca de batata) também ficou mais caro por conta das perdas de produtividade.
Fonte: Hortifruti/Cepea