A safra das secas entra em pico neste mês, contudo a expectativa não é de muita oferta para o período, já que há acentuada quebra de produtividade. Nas praças paranaenses de Curitiba, Ponta Grossa, São Mateus do Sul e Irati, no início de safra a produtividade média foi estimada em cerca de 15 t/ha, quebra de 45%, frente ao potencial da região. O que tem compensado as perdas no campo são os preços que seguem bastante elevados, ficando na média de maio (início da safra) em R$ 145,14/sc de 50 kg (padrão ágata beneficiada). Para junho, ainda não há previsão de melhora da produtividade nessas praças. Isso se deve às geadas, chuvas e baixo fotoperíodo, que prejudicaram a sanidade das plantas. No Sul de Minas, a produtividade também ficou abaixo do potencial produtivo, fechando em maio em 22 t/ha. Nessa região, o problema foi a chuva no plantio, que prejudicou o desenvolvimento das plantas e, agora, na colheita, que prejudica a formação e qualidade do bulbo. Os dias nublados também prejudicaram a formação dos tubérculos. Como as últimas áreas plantadas não foram tão prejudicadas, a produtividade pode melhorar no decorrer da safra. Na região mineira, os preços também são bons e ficaram na média de R$ 159,43 sc nesta semana. Com a previsão de baixa produtividade também em junho, os preços devem se manter em altos patamares.