Piracicaba, 18 - Desde o final de maio, os preços do tomate vêm se comportando como uma “montanha-russa”: subindo e descendo a cada uma ou duas semanas. Entre o início de maio até a atual semana (14 a 18/08), em um total de 15 períodos foram oito de desvalorizações e seis de alta. Considerando este mesmo período, somente uma semana teve preços estáveis, enquanto outras com variações acentuadas (positivas ou negativas). A principal razão que explica esse cenário são as variações de temperatura que vêm ocorrendo neste ano, que ora controlam a maturação, quando mais baixas, ora concentram a oferta, quando sobem. Além disso, a oferta de tomate rasteiro em algumas semanas a partir de junho, somada às safras se encerrando e com outras ainda começando gradativamente, também acentuou o cenário. Mas um ponto interessante é que, apesar da frequência um pouco maior de queda das cotações os valores médios se mantiveram em patamares acima dos custos de produção. Somente na última semana de julho, os preços chegaram a níveis mais próximos aos custos de produção, se recuperando na semana seguinte. Inclusive, comparativamente ao ano passado, entre maio e agosto todos os preços negociados estão em patamares muito mais atrativos. A principal razão disso, é que este ano, devido a problemas na produção, a produtividade está bem menor, reduzindo a oferta. Além disso, a partir de julho de 2022, houve uma grande entrada de tomate rasteiro no mercado, que é menor neste ano, mesmo com o aumento deste tipo de tomate. A alta demanda da indústria pode ser um fator que explique a menor oferta de rasteiro, já que os estoques mundiais (incluindo o Brasil), seguem bastante baixos. Já o calendário de plantio para o mercado de tomate de mesa pode ter tido também alguma alteração na temporada de inverno, em função das cotações mais baixas no ano passado, e por questões climáticas. E por fim, a área cultivada caiu um pouco em 2023. Comparando maio a agosto do ano passado com o mesmo período deste ano (parcial de agosto até o dia 18), os preços de comercialização aos produtores tiveram média de R$ 69,02 (ponderados pela classificação) em 2023, 47% maiores que os de 2022, quando foi de R$ 46,93. Confira na tabela abaixo e confira o sobe-e-desce dos preços no período analisado:
Fonte: HFBRASIL.ORG.BR