Piracicaba, 25 – Até a terceira semana de junho, a região de Sumaré (SP) já havia ofertado cerca de 80% de sua produção de tomate, devendo encerrar a safra até a primeira quinzena de julho. No decorrer da temporada, produtores desta praça vivenciaram as duas faces do mercado: com preços firmes no início da colheita e queda expressiva meses depois.
Do início da safra, em meados de abril, até o final da primeira semana de junho, quando cerca de metade da produção foi ofertada, a rentabilidade média foi considerada bastante positiva por produtores locais, sendo o tomate salada comercializado a R$ 45,59/cx (ponderado pela classificação) no período, enquanto os custos de produção foram estimados em R$ 38,93/cx na mesma comparação. Vale lembrar que, na segunda quinzena de maio, os preços estavam próximos aos custos de produção.
Já a partir da segunda semana de junho (08 a 19/06), com o aumento das temperaturas e o avanço da safra de inverno, os preços despencaram e os produtores da região negociaram a caixa de tomate à média de R$ 16,76, valor 57% abaixo das estimativas de custos de produção. A baixa demanda, em decorrência dos efeitos restritivos da pandemia de covid-19, também foi grande responsável pelo recuo expressivo das cotações.
O QUE ESPERAR PARA JULHO? – Para o restante da safra, a expectativa não é muito animadora. Isso porque, até meados de julho, ainda há grande volume para ser colhido. Outro fator a se considerar é que as boas condições climáticas têm beneficiado o desenvolvimento das plantas nas lavouras nas últimas semanas e, segundo produtores, as produtividades estão altas.
No entanto, o clima ainda pode amenizar este cenário de oferta elevada, tendo em vista que, quando as temperaturas voltarem a cair, o ritmo de maturação se desacelera e evita desvalorizações ainda mais expressivas dos preços do tomate.
Fonte: hfbrasil.org.br