Piracicaba, 11 – Itapeva (SP) começa a caminhar para a parte final da safra de verão de tomates 2023/24, sendo estimado que haja apenas 20% da safra para ser ofertada a partir desta semana. A colheita, no entanto, deve se entender por mais dois meses, aproximadamente. O pico de safra se deu entre dezembro e o início de fevereiro.
Todo esse cenário se comportou dentro do que é típico para a região, havendo apenas uma concentração um pouco maior em alguns períodos dentro do próprio pico de produção. No momento, há colheita de tomates ponteiros em lavouras com plantio no meio da safra, enquanto que as “do tarde”, ainda estão no meio ou mais no início do ciclo.
Alguns colaboradores da Hortifruti/Cepea relataram que o clima esteve bastante seco na safra toda, e a falta de chuvas facilitou o aparecimento de pragas, sobretudo a mosca-branca (inseto vetor do vírus do “mosaico do tomateiro”), que não era vista há alguns anos na região e que apareceu novamente em função da pouca chuva neste verão. Com isso, há produtores que tiveram expressiva perda de produtividade e qualidade, já que a doença prejudica a coloração dos tomates e o crescimento das plantas. Tais produtores também declararam que suas produtividades ficaram próximas à 250 cxs/mil plantas nas últimas áreas colhidas.
Contudo, também há lavouras em Itapeva que não registraram o mesmo problema, pois receberam um volume de chuvas um pouco maior. Nestes casos, as pragas foram controladas, e a qualidade e a produtividade foram mantidas nos mesmos patamares estimados desde o início da safra – 10% maior que na safra 22/23, girando em torno das 380 cxs/mil plantas. O que também pode ter contribuído para a maior produtividade em algumas localidades foi a adesão à tecnologia da enxertia, que embora tenha como foco a resistência a doenças causadas pelos fungos verticillium e fusarium, contribui também para um melhor vigor da planta.
Fonte: hfbrasil.org.br