Piracicaba, 04 - A semana foi marcada por manifestações em boa parte das rodovias do País – ato realizado desde domingo, 30, como forma de protesto ao resultado das eleições presidenciais. Diante desse cenário, o escoamento dos tomates foi prejudicado e muitos caminhões que transportavam o produto acabaram parados nas rodovias. Na segunda-feira (31/10), agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea informaram que a entrada de frutos foi bem baixa, o que permitiu uma alta expressiva nas cotações. Já na terça-feira (1º/11), com a intensificação dos bloqueios, nenhuma entrada de tomates foi registrada e, dessa forma, a única Central a informar comercialização neste dia foi a Ceagesp, que relatou a venda de uma pequena quantidade de frutos que restaram do dia anterior. A situação só passou a se normalizar a partir de quinta-feira (03), quando um maior volume do produto chegou nos mercados, permitindo a queda nas cotações. Diante de tais fatores, a semana finalizou com os preços em alta em todos os atacados: na Ceagesp (SP), o tomate foi comercializado a R$ 78,33, valorização de 36,58% em comparação à semana anterior; em Belo Horizonte (MG), os preços foram de R$ 86,57, 42,24% maior; no Rio de Janeiro (RJ), os valores ficaram em R$ 82,22, alta de 24,37% e, em Campinas (SP), as cotações ficaram na média de R$ 100,00, 23,28% maior. É válido ressaltar que, dada a dificuldade nos carregamentos, muitos produtores acabaram “segurando” os tomates nas roças, o que pode vir a gerar um acúmulo da mercadoria nos próximos dias. Além disso, colaboradores afirmam que ainda não é possível quantificar as perdas em função dos atrasos, mas que, apesar de se tratar de um produto muito perecível, as temperaturas mais amenas registradas ao longo desta semana podem ter colaborado para amenizar o problema.
Fonte: HFBRASIL.ORG.BR