Piracicaba, 21 – Em junho, os preços do tomate ficaram muito próximos aos custos de produção, com a caixa sendo negociada, em média, a R$ 31,55 (ponderado por classificação), para um custo de R$ 32,26/cx. O cenário se deu pela concentração da oferta no mês, já que a área colhida correspondia a um maior semeio das mudas no início do ano. Além disso, com a elevação das temperaturas, após um período de clima mais frio, a maturação do fruto se acelerou.
Porém, logo na primeira semana de julho, os preços já começaram a melhorar, devido à redução da safra – já que a colheita que estava atrasada foi ofertada e que a temperatura caiu, retardando novamente a maturação. Além disso, neste mês, devem ser colhidos apenas 16% dos tomates da primeira parte da temporada de inverno, enquanto, em junho, o volume correspondeu a 26% da área.
Assim, na parcial do período (1° a 20/07), as cotações estão à média de R$ 51,48/cx, valor 63% superior ao de junho. Para o decorrer de julho, é esperado que a safra siga se desacelerando, com as reduções de colheita em Mogi Guaçu (SP) e Itaocara (RJ). Além disso, como as temperaturas voltaram a cair nesta semana (18 a 21/07), as maturações devem ficar mais lentas. Outro fator que pode impactar a oferta daqui em diante são as geadas ocorridas nesta semana, que resultaram em perdas de produção e possíveis danos às plantações. A primeira parte da safra de inverno se iniciou no final de março e deve chegar a 77% da área total em colheita neste mês.
Fonte: hfbrasil.org.br