Piracicaba, 6 - Lavouras de tomate de Mogi Guaçu (SP) já passaram pelo pico de colheita da primeira parte da safra de inverno, com mais de 60% dos tomates ofertados. A atividade foi iniciada na primeira quinzena de abril, e nas lavouras “do cedo”, os tomateiros tiveram alta incidência de mosca-branca, inseto vetor do geminivírus. Isto porque o clima em Mogi Guaçu está mais seco que o usual, o que contribuiu para que a proliferação da praga aumentasse.
Neste cenário, a produtividade começou baixa, com média de 300 a 350 cxs/mil plantas. Contudo, a partir de maio, produtores de Mogi Guaçu começaram a utilizar material resistente ao geminivírus, favorecendo o aumento da produtividade. Tanto é que, em julho, o rendimento foi acima de 450 cxs/mil plantas - algumas lavouras serão colhidas até novembro. O clima no inverno está incomum, com termômetros registrando temperaturas máximas de quase 30°C em Mogi Guaçu, o que contribuiu para a maturação dos frutos de maneira mais acelerada.
A praça paulista possui alta adesão da tecnologia de enxertia, sendo utilizada por mais de 80% dos produtores de tomate em 2024. O foco da enxertia é a tolerância a doenças de solo, como Fusarium e Verticillium. Quanto aos segmentos, Mogi produz 90% de tomates salada longa vida e 10% de tomate italiano.
Fonte: hfbrasil.org.br