Piracicaba, 21 – De julho a setembro, a rentabilidade do tomaticultor tem sido positiva. Na média parcial deste mês (1° a 21/09), os preços do tomate estão em R$ 57,42 (ponderados por classificação), alta de 25% frente a agosto e 90% acima dos custos de produção.
O aumento na cotação do produto se dá pela baixa oferta nas roças, dado que a primeira parte da safra de inverno vem se desacelerando, sobretudo em setembro – período em que Araguari (MG) e Venda Nova do Imigrante (ES) devem colher 50% a menos do que no mês passado –, enquanto a segunda parte ainda se inicia lentamente em Paty do Alferes (RJ) e com atraso nas primeiras lavouras do Sul de Minas (devido às perdas decorrentes das geadas de julho). O menor volume também é resultado da redução de área cultivada.
Além disso, outro fator que contribuiu para o aumento dos preços neste mês foi a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida após o feriado nacional do dia 07 de setembro. Isso porque os atacados, que já estavam desabastecidos por conta do feriado, tiveram problemas para repor o estoque, devido à menor oferta de fretes disponíveis. Este cenário, por sua vez, impulsionou os valores do tomate naquele período – situação que se normalizou com o passar dos dias.
Por fim, as altas nas cotações só não são maiores por conta do calor, que está mais intenso em relação aos meses anteriores e tem acelerado os índices de maturação do fruto em todas as praças. Para outubro, a 2ª parte de inverno deve ganhar força e está prevista a colheita das primeiras lavouras de verão, fatores que devem elevar novamente a oferta – a qual, vale destacar, ainda é mais restrita frente à de 2020, em decorrência das reduções de área. Assim, a caixa deve continuar sendo comercializada a patamares acima dos custos de produção.
Fonte: hfbrasil.org.br