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Piracicaba, 19 – A safra de inverno de 2018 se encerrou com rentabilidade média positiva de 34% (preços e custos ponderados pelo calendário de colheita e classificação). Mas, apesar do bom resultado geral, a disparidade entre as praças foi muito grande.
Isso porque, entre a segunda quinzena de junho e o início de setembro, o excesso de frutos no mercado deixou as cotações em baixos patamares, prejudicando algumas regiões que concentraram a maior parte da colheita nestes meses. Dentre elas, São José de Ubá (RJ) e Venda Nova do Imigrante (ES) registraram rentabilidades negativas de 3,45% e 1,15%, respectivamente, pois a primeira praça colheu 95% do total das áreas entre junho e setembro, e a segunda, 70%.
Outras praças, por outro lado, obtiveram resultados satisfatórios, de forma que os produtores que concentraram a colheita em meses de menor oferta e conseguiram altas produtividades, fecharam a safra no "azul". A região de Mogi Guaçu (SP), por exemplo, finalizou a temporada com preços 48,15% acima dos custos – em média, a cotação ficou em R$ 33,08/cx e o custo unitário em R$ 22,33/cx. Apesar de concentrar 63% da colheita entre junho e setembro/18, a produtividade elevada (média de 495 caixas por mil pés) reduziu os custos unitários e permitiu receita positiva, mesmo em alguns períodos de preços baixos.
As praças de Sumaré (SP), Araguari (MG) e Paty do Alferes (RJ) também fecharam o ano com rentabilidades médias positivas de 64%, 21% e 41%, respectivamente.
Fonte: hfbrasil.org.br
