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Tomate
Dezembro 5, 2024
TOMATE/CEPEA: Sumaré vive as duas faces da moeda em 2024
Prejuízos resultam em erradicação de plantações antes do final do ciclo

Por Fernanda Furtado, Guilherme Abdalla e João Paulo Deleo
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Piracicaba, 5 - Sumaré (SP) chegou ao início de dezembro com a safra de inverno praticamente finalizada. A oferta na região deveria se estender durante dezembro, mas devido aos baixos preços no mercado, a maioria dos produtores decidiu erradicar as áreas antes do final do ciclo, sobretudo àquelas já com tomates ponteiros. Além dos baixos preços de mercado, não há compradores para parte da produção, principalmente aquelas com qualidade mais inferior ou fora de padrão, o que inviabiliza que as lavouras sigam com colheita até o final do ciclo. Segundo colaboradores, apesar da alta produtividade, as chuvas ao fim de dia, que começaram a ocorrer com mais frequência em Sumaré a partir de novembro, causaram manchas em metade do que era produzido, diminuindo a qualidade do produto, o que pressionou ainda mais os preços e aumentou ainda mais os descartes. Fazendo um balanço do ano, pode-se dizer que a região viveu as “duas faces da moeda”. Na primeira parte da safra de inverno, apresentou resultados positivos, com preços médios ponderados pelo calendário de colheita e classificação de R$ 93,18 por caixa de 20 kg no tomate salada longa vida 2A entre abril e julho, e custos médios de R$ 53/cx no mesmo período. Os elevados preços no mercado ocorreram devido a problemas na produção não só na localidade paulista, mas em diversas praças. A principal razão foi o ataque por mosca-branca, causando virose nos tomateiros. Na média da temporada (abril a julho), o rendimento em Sumaré foi de 350 cxs/mil plantas. Na segunda parte da safra, os problemas na produção foram sanados em boa parte das praças e, com isso, a produtividade teve um salto na segunda parte da temporada em relação à primeira, passando para 400 cxs/mil plantas. Assim, os custos unitários registraram queda frente à primeira parte, ficando na média de R$ 49/cx. No entanto, esse ganho no campo não se traduziu da mesma forma para o bolso do produtor, pois os preços ficaram na média de R$ 35,13 por caixa, 28% abaixo dos custos. Com isso, o balanço do ano para Sumaré é de uma receita que empatou com os custos, tendo em vista que os lucros da primeira parte da safra pagaram os prejuízos da segunda parte.

Fonte: Hfbrasil.org.br

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