Piracicaba, 13 – Nos últimos dias, o estado do Rio Grande do Sul tem enfrentado chuvas extremamente fortes. No feriado do Dia do Trabalhador (1° de maio), a tempestade afetou principalmente a faixa norte e a região metropolitana de Porto Alegre (RS). Durante essa semana (06 a 10/05), o Hortifrúti/Cepea esteve em contato com colaboradores da região de Caxias do Sul (RS), que afirmam que as lavouras de tomates destas praças não foram alagadas, já que se trata de área de maior altitude e com relevo declivoso. No entanto, não há possibilidade, por enquanto, de escoamento da produção por questões logísticas, já que pontes e rodovias estão interditadas pelas enchentes.
A incidência de bactérias aumentou e devido às chuvas constantes, não foi possível realizar as pulverizações. Desde o momento das chuvas, havia cerca de 15% da safra para ser colhida em Caxias do Sul, devendo haver prejuízo de pelo menos 50% nessas áreas, por perdas causadas de produção e fitossanidade.
Nas localidades mais baixas, e próximas do lago Guaíba, os danos causados pelas chuvas foram mais intensos. Por exemplo, as roças localizadas em Feliz (RS) e São Sebastião do Caí (RS) foram inundadas e devem perder quase toda a produção restante. O lago em questão está acima da cota de inundação e vem afetando muitos municípios gaúchos. Ademais, a Ceasa de Porto Alegre (RS) está fechada desde sexta-feira (03/05) por contas das enchentes que tornam o funcionamento bloqueado. A expectativa é de que demore cerca de um mês até que a situação seja normalizada.
A equipe Hortifrúti/Cepea conversou também com colaboradores de áreas de produção próximas ao litoral de SC, para saber se chuvas também impactaram na produção por lá (em Caçador e Urubici, a safra já se encerrou), e as informações obtidas é que não houve chuva capaz de causar danos físicos ou inundações – a maior umidade apenas elevou a incidência de patógenos.
NOTA: O CEPEA, que acompanha e analisa de perto as atividades do agronegócio no Rio Grande do Sul, captando as condições socioeconômicas de seus produtores rurais, neste lamentável momento de catástrofe climática, se solidariza com eles - e com a sociedade gaúcha como um todo - diante das substanciais perdas de renda e patrimonial, mas, acima de tudo, das vidas humanas sacrificadas.
Fonte: hfbrasil.org.br