Piracicaba, 22 – Com a abertura oficial da janela de exportação do segundo semestre na semana 36, os envios de uvas – especialmente à União Europeia – têm sido ainda mais satisfatórios. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a demanda por uvas brasileiras está bastante aquecida na Europa, sobretudo devido à falta de frutas de caroço e à busca por uma alimentação mais saudável – dado o cenário de pandemia de covid-19, que também beneficia o consumo.
De acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), os embarques de setembro/20 tiveram alta de 52% em arrecadação e de 43% em volume frente ao mesmo período de 2019. Ainda, aumentaram expressivos 667% e 570%, respectivamente, frente ao mês de agosto.
A taxa de câmbio e a demanda favoráveis têm levado viticultores a priorizar os envios externos em detrimento à comercialização doméstica. Consequentemente, o mercado interno segue a tendência do início do ano e registra oferta reduzida para as uvas finas.
Esta restrição pode permanecer por algumas semanas, já que os envios também devem fechar o mês de outubro em alta. Ainda, vale mencionar que as exportações podem continuar firmes até meados de janeiro/21, já que, mais uma vez, o Chile tem enfrentado entraves com a seca local – o que pode abrir espaço para as uvas brasileiras no mercado dos Estados Unidos.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex