Piracicaba, 18 – A viticultura é o setor mais importante dentre as exportações de frutas do Chile, mas a participação chilena no mercado internacional caiu na safra 2017/18. De acordo com o portal Fresh Plaza, os envios do país vizinho totalizaram US$ 1,13 bilhão, valor que representa queda de 11% frente à safra anterior. Segundo a mídia internacional e colaboradores do Hortifruti/Cepea, o atraso na modernização das variedades produzidas é um dos principais fatores responsáveis pelo menor interesse pela uva chilena em âmbito mundial.
Com preços desestimulantes nas últimas temporadas, produtores chilenos não ampliaram seu leque varietal, mantendo o foco em variedades como a thompson seedless, red globe e flame, enquanto uvas que demandam pagamento de royalties (novas variedades) somaram apenas 9,7% das exportações da última safra, o que limitou a participação do país em mercados mais exigentes.
Além disso, outros fatores que têm pressionado o espaço do Chile no comércio mundial são a entrada de variedades tardias no México, a alta produtividade da safra da Califórnia (EUA) e o fortalecimento da viticultura peruana e brasileira no primeiro semestre – período de janela de exportação para os Estados Unidos. Neste ano, por exemplo, o Brasil exportou 365,6 toneladas aos EUA entre abril e junho – alta de 141% nos envios frente a 2017, segundo dados da Secex.
Fonte: hfbrasil.org.br