Piracicaba, 09 – Geralmente, o mercado de uva em período de pré-festividades de final de ano (Natal e Ano Novo) é marcado por bons preços aos produtores. Neste, por conta de perdas do potencial produtivo em diversas regiões viticultoras, durante as brotações e floradas, tanto no estado de São Paulo quanto no Paraná, os valores podem ser ainda maiores – com a oferta restrita no período.
No ano passado, na região de Louveira/Indaiatuba (SP), os preços da uva rústica, em novembro, foram 13,4% superiores aos recebidos pelos produtores no mercado de Natal, fechando à média de R$ 4,04/kg. Neste ano (temporada 2018/19), com a expectativa de menor oferta, o cenário pode ser oposto. Nesta região paulista, o clima frio durante as podas e as chuvas em agosto reduziram o "pegamento" das brotações que seriam destinadas ao mercado no início da safra (em novembro/dezembro). O mesmo cenário se repete em Porto Feliz (SP) e na região de São Miguel Arcanjo (SP) – esta última, que registrou temperatura média de 16,7°C entre julho e setembro, segundo o Inmet.
Já no Paraná, a situação é ainda mais grave: com queda de granizo, clima frio e fortes pancadas de chuva, a expectativa é de produtividade muito inferior para esta safra de final de ano 2018/19 – o início das colheitas está previsto para a segunda quinzena de novembro. Colaboradores do Hortifruti/Cepea relatam, ainda, que por conta da baixa capitalização nas últimas safras, muitas das áreas afetadas pelas intempéries climáticas na região de Bandeirantes e Marialva não foram repodadas.
Fonte: hfbrasil.org.br