Produtores de Marialva (PR) têm buscado substituir uvas finas por niagara ou núbia, no intuito de aumentar a rentabilidade. Essas variedades são menos exigentes quanto aos tratos culturais, e a núbia, particularmente, é mais resistente ao míldio, doença que afeta a viticultura da região.
Devido ao clima desfavorável neste ano, a produtividade média da uva itália na safra temporã (abril a junho) de Marialva caiu 55% em relação à média de 2015, somando 8,1 t/ha. As cotações médias da variedade, ponderadas pela quantidade colhida por mês, ficaram 2% abaixo do mínimo estimado para cobrir os gastos com a cultura. Esse cenário levou produtores a reduzirem a área, que deve encerrar o ano 10,6% menor que a de 2015, podendo cair ainda mais em 2017.
Para a safra de final de ano do estado do Paraná, o inverno rigoroso e mais extenso prolongou as podas, que ocorreriam entre julho e agosto, até setembro. Produtores que precisaram refazer as podas obtiveram baixa carga de frutas e muitos galhos. A estimativa é que apenas 10% das podas refeitas deem frutos que serão ofertados de novembro a dezembro. Além disso, algumas áreas já não foram podadas em decorrência dos prejuízos da safra temporã/16.
Assim, a produtividade da temporada de fim de ano tende a ser inferior à esperada. Por outro lado, segundo alguns produtores, se os preços da uva se mantivessem elevados durante todo o período de colheita, os prejuízos poderiam ser amenizados.
Fonte: hfbrasil.org.br