Piracicaba, 12 – As exportações de uvas de mesa se iniciaram timidamente na semana 35, em meados de setembro – trazendo expectativas de um cenário positivo a produtores do Vale do São Francisco (PE/BA), mesmo com alguns entraves. A supersafra no Peru e o possível prolongamento da produção em Puglia, na Itália, podem ser empecilhos para que o volume embarcado supere o do ano passado (de setembro a novembro/17) para a União Europeia, de 33 mil toneladas (segundo a Secex).
Por outro lado, algumas regiões produtoras da Grécia registraram perdas de produção devido ao clima chuvoso de agosto, o que pode equilibrar tal cenário. A demanda crescente pelas variedades sem semente e o bom desenvolvimento delas no Vale também podem garantir o sucesso da safra, segundo apostam colaboradores do Hortifruti/Cepea.
Neste semestre, boa parte do volume colhido deve ser da variedade arra 15, que pode ser a protagonista nas primeiras semanas da temporada de exportação. As uvas brancas sem semente têm tido boa aceitação nos mercados europeu e asiático, e a baixa oferta em âmbito internacional pode alavancar os preços neste ano.
Já para a BRS vitória, a aceitação no mercado externo deve ser menor neste ano – os carregamentos da variedade apresentaram problemas de qualidade em 2017 e no primeiro semestre deste ano, limitando a demanda em 2018. Além disso, o preço da uva negra sem semente, segundo exportadores, pode se manter abaixo da média do ano anterior.
Fonte: hfbrasil.org.br